Irmãos Seguidores

quinta-feira, 29 de março de 2012

Quem foi o Caboclo das 7 Encruzilhadas?


                ... E no entardecer :

E no entardecer do dia 21 de setembro de 1761, na Praça do Rossio, no centro de Lisboa, um santo foi queimado na fogueira dos hereges. Gabriel Malagrida entregou a alma a Deus e o corpo aos carrascos. Tinha 72 anos, 30 deles passados de pés descalços peregrinando pelo Norte e Nordeste brasileiros. Ergueu igrejas e mosteiros, protegeu índios e prostitutas, caminhou mais de dez mil quilômetros entre o Pará e a Bahia. Ganhou fama de taumaturgo, milagreiro. Por ordem e trama do primeiro-ministro Marquês de Pombal, Malagrida terminou acusado de blasfêmia e heresia. Ouviu a sentença de morte no alto de uma carroça, com um barrete de palhaço na cabeça, mãos amarradas para trás e batina pintada com figuras demoníacas. Quando Pombal, ao lado do rei d. José, ordenou a execução, o padre beijou as escadas do cadafalso, virou para o povo, jurou inocência e perdoou seus acusadores. Abaixou a cabeça, ajudou ao próprio algoz a colocar a corda em seu pescoço. Na primeira puxada, o laço se rompeu e a multidão gritou assombrada. A tragédia estava adiada por alguns minutos. Homens e mulheres começaram a prece dos agonizantes, mas não terminaram a oração. Foram impedidos pelos quatro mil soldados de prontidão. ‘‘Senhor, nas vossas mãos entrego minha alma’’. Derradeiras palavras. Em poucos segundos, o padre estava enforcado pela Santa Inquisição. O carrasco acendeu a fogueira, onde o corpo queimaria toda a madrugada, velado pelos milhares de fiéis. As cinzas foram jogadas nas águas do rio Tejo. Quando o dia amanheceu, os católicos de Lisboa espalharam uma mesma notícia: o fogo não queimara o coração do mártir. A tragédia de um peregrino Padre Severino ensina aos fiéis da Paraíba os feitos de Malagrida.

Gabriel Malagrida nasceu padre:
Ainda pequeno, na cidade de Menaggio, no Norte da Itália, aprendeu com o pai Giácomo, o dom da caridade. O patriarca era médico de renome, consultado até por príncipes, mas dedicava boa parte do trabalho ao cuidado de doentes pobres que visitava nas distantes montanhas. Gabriel ia junto. Adorava estudar religião e aproveitava as férias para ensinar catecismo aos irmãos e colegas da rua. Sua brincadeira predileta era montar altar no quintal. A mãe, Ângela, chamava o filho de ‘‘o anjo da casa’’. Era morada cheia de religiosidade. Na parte nobre da casa, havia o que os Malagridas apelidaram de o ‘‘quarto do santo‘‘ por conta do teto coberto de pinturas de Nossa Senhora. O sonho do casal era ver os filhos formados padre e rezando missa ali. O projeto deu certo. Dos onze herdeiros, três viraram sacerdotes. Aos 12 anos, o pequeno Gabriel foi estudar no colégio dos padres Somascos, na cidade de Como. Não era um aluno como os outros; tinha hábitos estranhos. Mordia os dedos até sangrar e quando lhe perguntavam a razão daquilo respondia: ‘‘é para a salvação dos infiéis’’. Nascia assim o costume das penitências físicas que o acompanhou até o fim da vida. Em 1713, no seminário, em Gênova, onde se formou jesuíta com 24 anos chegava a fazer jejuns três vezes por semana. Dizia que era para refrear a natureza e guerrear contra as tréguas do corpo. Era comum ele se açoitar publicamente. Uma vez, em Salvador, na Bahia, Malagrida rezava o sermão na Matriz quando lhe apontaram um homem pecador, cheio de vícios e de ‘‘ignóbeis costumes’’. Como não conseguia, com palavras, converter o cidadão, Malagrida, então, bateu-se com o chicote até o sangue espirrar de suas costas. Ao assistir à dolorida cena, o pecador não se conteve: em lágrimas, ajoelhou-se nos pés do padre, implorando com gemidos o perdão de seus crimes.

A Seguir... você vai conhecer um pouco da biográfia do peregrino que construiu abrigos para prostitutas, fez procissões imensas, criou a Ordem do Sagrado Coração de Jesus e denunciou padres e governadores corruptos. Para conhecer vestígios deixados pelo religioso no Brasil, A nossa equipe percorreu parte das trilhas de Malagrida no Piauí, Maranhão, Ceará, Paraíba e Pernambuco. Junto com o ‘‘Aos povos de Itália não cansam meios de chegar à salvação; além-mar, pelo contrário, inúmeras nações jazem ainda nas trevas da idolatria: vamos acudir a essas almas desamparadas’’. Com esses argumentos, Gabriel Malagrida convenceu o Bispo Geral dos Jesuítas a virar missionário nas Américas. Trocava os estudos avançados de teologia e literatura pela catequese dos índios. Saiu de Lisboa e desembarcou em São Luís do Maranhão no final do ano de 1721, mas demorou dois anos até ser mandado para a primeira missão com os índios. Seus superiores preferiam o erudito religioso nas salas de aula dos seminários de jesuítas e achavam que Malagrida não estava preparado para o convívio com os arredios nativos. Depois de muitas súplicas, o padre conseguiu realizar o antigo sonho. Foi missionário indígena entre 1723 e 1729. Percorria as matas a pé, vestido com a batina preta típica dos jesuítas. Não era a melhor maneira de atravessar o interior maranhense. ‘‘Quem quer andar por essas terras tem que se proteger do mato com roupa de couro e andar sempre a cavalo ou num burro’’, ensina José Assunção e Silva, o Zé Doca, boiadeiro na região de Caxias, antiga Aldeias Altas. Nesse lugar, Malagrida passou em 1726 para catequizar os Guanarés, etnia desaparecida do Maranhão. No Século XVIII, esses índios eram numerosos e arredios ao contato com os brancos. Já haviam sofrido com os portugueses quando Malagrida iniciou o trabalho de catequese. Penou até conquistar a confiança dos Guanarés. Chegaram a decidir em assembléia que matariam o padre. Só conseguiu escapar porque na hora da excução, uma índia velha conteve o braço do nativo. ‘‘Suspende’’, gritou a mu-lher. Explicou que da última vez em que um índio matou um padre roupeta-negra, terminou devorado por vermes. Assustados, os Guanarés liberaram o jesuíta. ‘‘Dificilmente se reconhece o tipo humano nos índios moradores desta região. Abrigam-se em cavernas como as feras e alimentam-se unicamente de caça. As vezes travam-se em pelejas e então devoram os vencidos’’, descreveu Mathias Rodrigues, um dos companheiros de apostolado de Malagrida e que escreveu relatos do tempo em que os dois estiveram no Brasil. O manuscrito de Rodrigues está hoje na biblioteca dos padres boulandistas, em Bruxelas, na Bélgica, mas o professor Vitor Leonardi conseguiu cópia microfilmada da preciosidade. ‘‘É o documento mais importante sobre Malagrida’’, resume Vitor que nos próximos meses irá editar livro com a íntegra do texto. Pelas linhas escritas por Mathias Rodrigues, Malagrida ainda considerava os índios bárbaros selvagens, mas não aceitava sua escravidão. Durante os seis anos em que conviveu com tribos do Pará e do Maranhão, o jesuíta defendeu a tese de que as aldeias deveriam ficar longe do contato com os portugueses. Temia pela saúde moral e física dos nativos. Ou seja, combatia a tradição dos colonizadores que pegavam índios para trabalhar na lavoura de cana. 

Em 1729, Malagrida foi retirado da missão indígena e levado para São Luís. 

Primeiro Milagre...
A vida na capital não sossegou o padre. Em São Luís, iniciou nova etapa de sua jornada: a de missionário popular. Ao invés de índios, cuidava agora dos brancos, moradores da periferia. Dava aula de teologia durante a semana e aos sábados partia para os povoados vizinhos de São Luís. Era livro grosso com as rezas cotidianas que, por vezes, servia de travesseiro quando o religioso adormecia no mato. Para se proteger da floresta fechada, usava um cajado, até bem pouco tempo guardado na Itália como relíquia e apelidado de ‘‘o bordão do peregrino’’ ‘‘Malagrida era pregador carismático’’, explica Miguel Martins Filho, 39 anos, padre, professor de literatura e diretor do Instituto Gabriel Malagrida, em João Pessoa. É ali que se formam todos os jesuítas brasileiros. O que Miguel chama de carisma aparece no jeito de Malagrida atrair os ouvintes. Nos dias santos em São Luís juntava os fiéis em frente a igreja e com um estadandarte nas mãos, saíam todos em procissão cantada pelas ruas da cidade. Paravam nas praças e o padre reunia o povo em volta dele. Ali, dava aula de catecismo, representava teatralmente as principais passagens bíblicas e depois interrogava a platéia sobre o assunto. Foi numa dessas pregações interativas em São Luís que Malagrida fez o que os livros tratam como seu primeiro milagre. Falava aos fiéis sobre a importância da reconciliação entre inimigos quando um dos ouvintes contou que cometera injúria mortal contra um de seus parentes. Na frente do antigo desafeto, contou que estava disposto a pedir perdão, mas o homem não quis fazer as pazes. Malagrida, indignado interferiu. ‘‘Meu irmão, não quereis perdoar ao vosso próximo para que o Senhor vos perdoe?’’. Repetiu a pergunta várias vezes, mas como o indivíduo insistia na recusa, Malagrida gritou atordoado: ‘‘Pecador, recusas a escutar o teu Deus que te convida a perdoar, não tardará que prestes conta a teu juiz da tua dureza, e sofrerás então o castigo merecido’’. Pronto, em menos de 24 horas o infeliz morreu com tiro de mão desconhecida. O povo passou a tratar Malagrida como ‘‘o profeta’’. Carregou esta fama para sua grande viagem missionária, iniciada em julho de 1735 do Maranhão até a Bahia. Primeira longa parada: Piracuruca, no norte do Piauí. ‘‘Servia de igreja aí uma vil casa de farinha com quatro paredes mal pintados por cima, cheia de morcegos. Eu mesmo dei a idéia de construir grandiosa igreja. Todos ofereceram suas esmolas’’, conta Malagrida numa carta mandada ao Bisbo do Algarve, em Portugal. Passados 262 anos, o templo de Piracuruca está de pé. Seu padre, José da Silva Ribeiro, 37 anos, vive pedindo esmolas aos moradores da cidade. Para Malagrida, o Brasil parecia uma Babilônia de pecados. Reclamava dos casamentos fora da Igreja, se horrorizava com a luxúria dos padres e se impressionava com o número de prostitutas. Nos oito dias em que passava em cada cidade, o jesuíta pregava contra os amancebados, chegava a praguejá-los. Em fevereiro de 1744, fazia missão no povoado de Várzea Nova, no interior da Paraíba, quando descobriu homem e mulher que viviam juntos há anos sem oficializar a união. Malagrida foi até a casa dos dois. Tentou convencê-los a dar um ‘‘jeito cristão’’ à história. A mulher concordou, mas o homem achou bobagem aquele falatório do padre. Malagrida renovou seus pedidos, fez pregações públicas sobre o caso, até que num dos sermões avisou que se o cidadão não mudasse de idéia se perderia para sempre. Em 24 horas, o homem morreu com uma terrível dor de cabeça. Neste mesmo povoado de Várzea Nova, a fama milagreira de Malagrida resistiu ao tempo. ‘‘Desde menina, ouço os antigos contarem que o padre Malagrida encostou a mão numa criança que morria de febre e ela ficou logo boa’’, diz Maria Salete da Silva, 58 anos, nascida na região. Ali, não há mais as curas providenciais do padre, porém quem adoece é atendido no posto de saúde de nome Gabriel Malagrida. Na frente, há uma enorme estátua de cimento do jesuíta. 

Vigários do Prazer...
Durante suas expedições, Malagrida cruzou com muitos companheiros de batina fora da linha. Alguns chegavam a cobrar para rezar missa, outros conheciam os prazeres da carne. Tinham mulheres e filhos, o que para Malagrida era um escândalo sem precedentes. ‘‘Esbarrei num vigário que tinha três mancebas patentes e vinte filhos’’, denunciava o missionário em carta aos superiores. Se o barbudo Malagrida era exigente com os fiéis e religiosos, pior ainda era sua auto-cobrança. Tamanha austeridade impressionava até os poucos padres corretos das vilas por onde passava. ‘‘Depois de um sono brevíssimo, o santo padre começava a meditação. Recitadas as horas canônicas, dirigia-se ao confessional e daí por volta da hora décima da manhã, subia ao tablado e explicava a doutrina cristã. Permanecia em ação de graças até a primeira hora da tarde e até mais. Voltando a casa comia, ou poucas favas ou um pouco de leite’’, relatava em carta João Brewer, padre de Ibiapaba, cidade onde Malagrida ficou entre 5 e 17 de fevereiro de 1747. O lugar, chama-se hoje Viçosa do Ceará. Lá, no altar da igreja matriz ainda existe uma imagem de Gabriel Malagrida, de quatro palmos de altura. ‘‘Ele está vestido de São Francisco de Assis porque a imagem foi mandada para reforma e o artista adorava os franciscanos’’, explica o monsenhor Francisco das Chagas Martins, pároco da igreja há 50 anos. ‘‘Tudo aqui é antigo. Nossa igreja é a mais velha do Ceará. Foi fundada em 1602’’. 

Madalenas...
O maior tormento de Malagrida eram as ‘‘mulheres da vida’’. Considerava a prostituição um dos problemas mais graves da colônia. ‘‘Naquele tempo, se uma menina perdia a virgindade, caía em desgraça na sociedade e acabava entrando para a prostituição. Malagrida sonhava em fazer alguma coisa por essas mulheres’’, conta Ilário Govoni, jesuíta italiano, morador de Terezina e autor do único livro publicado no Brasil sobre Malagrida. Chama-se O Missionário Popular do Nordeste. O desafio de ‘‘endireitar’’ prostitutas perseguiu Malagrida até 1742, quando conseguiu financiamento para construir o Convento do Sagrado Coração de Jesus em Igarassu, em Pernambuco. Ali, abrigou 40 mulheres da vida, desejosas de conversão. Saíram em romaria de João Pessoa até a cidade pernambucana. ‘‘Este asilo de Madalenas arrependidas tinha âmbito regional. Às que não podiam casar, por causa de impedimentos ou delas próprias ou dos homens com quem viviam, por já serem casados, abriam-se-lhes as portas desta casa, onde ficavam ao abrigo da miséria e de recaídas’’, escreveu o historiador Serafim Leite, no livro a História Eclesiástica no Brasil. ‘‘Hoje só aceitamos donzelas. Todas nós somos donzelas’’, apressa-se em explicar Maria Medeiros de Paula, 48 anos, e atual diretora do Convento. É freira desde os 17 anos, nunca teve namorado e não gosta muito de falar do passado de pecado das fundadoras da instituição. ‘‘Hoje, só entra na Ordem do Coração de Jesus moça virgem’’. A 60 km dali, em João Pessoa, num outro endereço com placa de Malagrida, perder a virgindade é ganhar a vida. Na rua Gabriel Malagrida, no centro da capital paraibana, funciona o baixo meretrício da cidade. ‘‘Esse Malagrida era dos nossos. Nosso santo protetor’’, brinca dona Lucila Martins, 59 anos, dona de um dos bordéis da rua. 

O Triste Fim...
O triste fim do missionário em janeiro de 1754 Gabriel Malagrida embarcou para Lisboa certo de que conseguiria mais recursos para suas obras no Brasil. Enganou-se, embarcou para a morte. Famoso na corte por seu carisma de pregador, Malagrida era o confessor da rainha, o que despertava ciúmes de poderosos emergentes como Sebastião José de Carvalho, o Marquês de Pombal. Quando a rainha morreu, em 1754, Pombal virou primeiro ministro de Dom Jose I e iniciou perseguição sistemática contra Malagrida. Irritou-se profundamente quando, após o terrível terremoto de Lisboa de 1755, o religioso escreveu panfletos associando a tragédia às maldades da corte. Pombal não se conteve. Conseguiu que Malagrida fosse mandado para a cidade de Setúbal. Atentado em 3 de setembro de 1758, o rei D. José sofreu atentado quando voltava de uma farra noturna. Pombal arranjou testemunhas para envolver Malagrida no caso. No dia 9 de janeiro de 1759, Malagrida foi preso por crime de lesa majestade. Ficou numa cadeia imunda, onde usava tinta de paredes para escrever dois textos religiosos: um sobre a vida de Sant’Ana e outro sobre o retorno do Anti-Cristo. Malagrida acreditava que o apocalipse aconteceria em 1999. O incansável Pombal aproveitou para denunciar Malagrida à Inquisição como herege, mas os próprios juízes do Santo Ofício admitiram que não havia razões para condenar o religioso. Pombal, então, destituiu o presidente do Tribunal e nomeou seu próprio irmão, Paulo de Carvalho. A outra questão era a guerra guaranítica, travada no Sul do Brasil. Os jesuítas se aliaram aos índios contra os portugueses que queriam ampliar as fronteiras do país. Isso tudo não culminou apenas na morte da Malagrida. Em 1759, Pombal expulsou os jesuítas dos domínios portugueses. Foi mais longe. Em 1773, conseguiu do Papa Clemente XIV, a extinção da Companhia de Jesus em todo o mundo. A Companhia só voltou a existir em 1814 e os jesuítas só retornaram ao Brasil no final do século XIX.

Essa é a História de Gabriel Malagrida o nosso Saudoso Caboclo das 7 Encruzilhadas.

Saravá Umbanda.

Instruções do Caboclo Mirim


-Abra seu corpo, esqueça a vida material e fale somente o necessário;

-Não interceda no comportamento de ninguém, por mais estranho que seja, respeitando a todos indiscriminadamente, pois assim estará respeitando a si próprio.

-Não ria nem caçoe de ninguém, mantendo o silêncio absoluto e total.

-Não ache graça nas entidades incorporadas, pois as mesmas comportam-se de diversas maneiras, mesmo achando que os mesmos não estejam firmes com o guia, pois os mesmos estão em evolução como todos nós e fazem parte importante de nosso trabalho.

-Evite contato físico com os outros, não ponha a mão na cabeça de ninguém, pois você desconhece o que as pessoas trazem consigo mesmo de bom ou de ruim. Somente os médiuns juramentados podem fazer isso, assim assumindo essa responsabilidade.

-É perigoso dar consulta, pois no momento da consulta você está assumindo uma responsabilidade espiritual consigo mesmo.

-A alimentação, bem como o zelo pelo seu corpo físico, é fator preponderante para a boa captação dos fluidos que emanam do aspiral ascendente formado pela ectoplasmia de todos e que de lá vem a verdadeira cota para cada um, de acordo com seus merecimentos.

-O valor da entidade depende de seu corpo físico e mental do cavalo, e se o mesmo não tiver uma boa saúde psico-físico e mental a entidade não terá nada para dar a quem necessite.

-Acompanhe mentalmente e cante as curimbas, pois as mesmas são orações cantadas e trazem nas suas palavras verdadeiras filosofias de vida. Não interceda nos Ogãs solicitando cantar essa ou aquela curimba simplesmente porque você acha bonita ou que rima bem. A curimba é fator de importância nos trabalhos, é fundamento dentro do ritual de Umbanda Sagrada, cabe a quem estiver comandando a gira ordená-las de acordo com a necessidade.

-Abra seu coração, Oxalá veio ao mundo e não o virou, trouxe a sua doutrina e foi um observador, não será você que poderá julgar os outros. Seja portanto um observador oculto da vida, pois viemos ao mundo para sermos comandados e não comandantes.

-Seja um pequeno homem num mundo grande e não um grande homem num mundo pequeno.

-Mediunidade é uma coisa doutrina espírita é outra. A mediunidade processa-se de diversas maneiras, quer na audição, tato, visão, olfato, incorporação, e etc. doutrinação é o que fazemos nas giras com as entidades, pois: trabalhamos para as almas e não com as almas.

-A nossa doutrina não conserta a vida de ninguém, mas cria condições para que cada um conserte sua própria vida de acordo com seu paladar.

-Numa sessão todos são vistos e observados e cabe a cada um a responsabilidade espiritual dos seus atos.

-Abra sua mente para que você possa verdadeiramente levar consigo e para os seus, fluidos de paz e felicidade de acordo com seu merecimento.

-Não interceda na vida dos outros os aconselhando, pois você não sabe dos merecimentos dos mesmos e assim procedendo você não assume responsabilidades espirituais. Lembrem-se do Livre Arbítrio de cada um.

-Viva a indiferença construtiva de sua própria existência.

-Não se esqueça do compromisso que você assume com o guia chefe do seu Terreiro desde que você resolveu frequentar sua casa. Escolha para você os próprios ambientes que frequentar, não participando de trabalhos baixos, pois a responsabilidade será somente sua, e você, um dia prestará conta da mesma. O mundo dos mortos é incomensurável e nele habitam os mais diversos tipos de espíritos, portanto não os invoque sem conhecimento de causa.

-A Umbanda não faz matança, pois os animaizinhos são nossos irmãos e a Lei da Fraternidade Universal as proíbe.

-Seja o dono do mundo material que você possui não deixando que o mesmo seja seu próprio dono. goste do que lhe pertence mesmo sendo pouco.

-Viva a vida como ela se apresenta para você na sua verdadeira beleza, prezando conscientemente pelo seu corpo físico e espiritual.

-Não se esqueça que as cicatrizes do corpo físico logo saram, mas as cicatrizes da alma cada um carregará pela eternidade. Zele também por sua alma enquanto lhe sobra tempo nesta fase corpórea. Leia o livro da sua própria existência todo o dia.

-A Umbanda tem fundamento e é coisa séria para quem é sério ou quer se tornar sério!!!

...Meu Terreiro
Meu Terreiro
Que está dentro de mim
Meu Terrerio é verdadeiro
De lutas e amor sem fim...

Caboclo Mirim

quarta-feira, 28 de março de 2012

O QUE O MÉDIUM DEVE EVITAR?


        Na primeira fase do desenvolvimento, o médium de evitar qualquer pretensão vaidosa de supor-se capaz dos grandes feitos mediúnicos, Que Espíritos inferiores e levianos assumam o predomínio de sua mediunidade e não se percam assim os frutos que ela poderá oferecer.

CUIDADOS

       O médium que se educa espiritualmente e amadurece a sua faculdade através dos esforço, estudo e disciplina moral, passa a ser assistido pelos bons Espíritos que o preservam das ciladas do mundo invisível. Os bons médiuns são raros, por falta de uma educação e de um adestramento seguro. A faculdade mediúnica é delicada e necessita de acuradas precauções, perseverantes cuidados, método, aspirações nobres e a conquista de uma cobertura espiritual de caráter elevado.

AMBIENTE SEGURO

        O ambiente da prática mediúnica deve ser seguro, organizado, sério para evitar o perigo de um falso desenvolvimento em que predominam as viciações, E ainda os condicionamentos, os automatismo, as falsas concepções do que sejam os Espíritos Guias, as mistificações e a obsessão.

FUNÇÃO DOS MÉDIUNS

        Não há mais nobre, mais elevado encargo do que participar do trabalho de propagação da verdade e progresso da humanidade Sob a inspiração de espíritos da verdade, que nos incitam à luz e à perfeição, este é o papel da mediunidade, a não ser que consideremos a mediunidade com passatempo, desencargo de consciência. Se ajudarmos através de nossas percepções tres Espíritos por reunião:

01 ano tem 52 semanas x 3 = 156
10 anos tem 520 semanas x 3 = 1560
20 anos tem 1040 semanas x 3 = 3210
30 anos tem 1560 semanas x 3 = 4560

Isto na Reunião mediúnica e se levarmos em conta aqueles que podermos ajudar no dia a dia, afinal somos médiuns as 24 horas do dia.

Fonte: http://www.facebook.com/emdefesadaumbanda

Mironga de Umbanda para Problemas Afetivos


Mironga é como chamamos o feitiço de preto-velho, a mandinga de negro em favor aos filhos que o procuram. Aqui vão algumas mirongas que essa nêga véia tem a ensinar para resolver as dificuldades do coração. Leia tudo com muita atenção e principalmente, aplique isso no seu dia-dia. Grande é a força dessas pequenas dicas...

1 – Aprenda a viver sozinho. Caso você não consiga nem viver consigo mesmo, como poderá levar felicidade e alegria para outra pessoa? Primeiro relacione-se com seu eu interior. Depois busque alguém.

2 – Assuma a responsabilidade pelo seu relacionamento. Não é magia, inveja, ciúmes de terceiros, etc, que irá separar aquilo que o amor uniu.

3 – É claro que também nenhuma simpatia, reza ou trabalho irá unir ou “amarrar” aquilo que a falta de carinho desuniu.

4 – Simplificando: quem procura as coisas ocultas para resolver pro¬blemas sentimen¬tais é imaturo. Ruim do juízo e doente do cora¬ção.

5 – Desapegue-se! Ser humano é um bicho apegado. O único pro¬ble¬ma: amor é um sentimento livre. Um eterno querer bem. Um carinho incondicional. Quase um sentimento de devoção. Se você “gosta” tanto de alguém, que prefere ele “morto” do que feliz com outra pessoa, escute: Isso não é amor! Simples ilusão disfarçada...

6 – Aprenda que ninguém irá te completar. Você já é completo! Mas quando um relacionamento é calcado no mais puro amor, muito do amado vive no amante, e muito do amante pra sempre viverá no amado. Quer milagre maior que esse?

7 – Melhor sozinho do que mal acompanhado! Sabedoria popular, mas o que têm de doutor e doutora que não consegue entender isso.

8 – Ponha o pé no chão e esqueça essa história de alma gêmea. Pare de enfeitar suas próprias desilusões com devaneios ditos espiritualistas. Encare a realidade de frente.

9 – A vida vai passando, com ele/a, ou sem ele/a. E a morte se aproximando...

10 – Por isso, vão viver a vida meus filhos! Quem sabe ela não está guardando um presente para vocês? Não existe mironga maior que essa...


Por Vó Dita

À Beira-Mar - Salve Ogum Beira-mar !!!!



A lua brilhava cheia e gigante no céu quando tive a oportunidade de encontrá-lo à primeira vez.

Andei com passos firmes em sua direção, mas quando estava a três passos de distância dele uma emoção incontida explodiu do meu peito e então pus-me a chorar sofregamente.

Não conseguia entender o porquê, mas minhas pernas perderam as forças e caí de joelhos em sua frente.

De vez em quando as ondas estouravam próximas a mim, mas o meu rosto estava banhado mesmo era por um choro incontido de um sentimento profundo de saudade sendo amenizada.

Por quanto tempo permaneci sentado e chorando não sei precisar. Só sei que de repente as lágrimas se foram do mesmo jeito que vieram.

Em direção ao meu chacra coronário aquele ser projetou uma luz azul-esbranqueada que brilhava como neon e paulatinamente comecei a recobrar a minha capacidade de raciocinar, pois até mesmo isto aquelas lágrimas de saudade provocaram em mim, tendo em vista que só conseguia pensar naquele sentimento de saudade incontida que estava sendo amenizado em meu espírito.

Aquele ser maravilhoso, majestoso, divino, lindo não pronunciou palavra alguma, em momento nenhum, mas estendeu sua mão direita pedindo que me levantasse.

Uma transmutação havia acontecido em mim, pois toda aquela saudade virou alegria, alegria incontida, júbilo e eu, então, levantei-me.

Ele possuía 2,5 metros de altura, cabelos na altura dos ombros e esbranquiçados; seu corpo estava revestido por uma estranha armadura que tinha uma cor parecida com prata e que se amoldava perfeitamente em seu corpo como se fosse uma roupa de malha.

Havia uma espada guardada na bainha e a feição de seu rosto, ressaltando os olhos negros, firmes e decididos, despertava um imenso sentimento de ordem aquietadora: aquela que acalma o espírito pela certeza de evolução que irradia serena e incessantemente.

Estava de pé diante dele e pensei em dizer-lhe que não era merecedor de estar naquela posição, como se fosse um igual; mas, lendo meus pensamentos, ele levou o indicador da destra próximo a boca como quem pede silêncio.

Então, em um processo que não sei explicar, ele me disse através de sua mente:

─ Peço-te para estar de pé por que confio em tua evolução. Confio que em ti a fé crescerá de um modo que um dia poderá ser vós quem estará nesta areia molhada a auxiliar àqueles necessitados de evolução.

─ Sim senhor!

─ Tenha fé! A chave da vida está na fé! Só ela abre portas fechadas por desesperos e desilusões!

─ Sim Senhor!

─ Pratique a fé! Honre o seu grau! A escrita divina é paz, é luz, gera vida! Só a geração de vidas pode compensar vibratória e consciencialmente o movimento disseminado de morte em vastas proporções!

─ Sim senhor!

─ Cada aprendiz esclarecido na fé, traz um pouquinho de fé para o seu caminho!

─ Sim senhor!

E então, aquele ser, que de tão divino deixava- me boquiaberto, disse-me mentalmente:

─ A areia desta praia representa o teu espírito quando saiu do útero divino.

─ Sim senhor!

Foi aí que ele desembanhou sua espada e fincou-a vagarosamente na areia enquanto fitava-me profundamente para dizer-me:

─ A partir deste momento, aonde quer que fores, por onde tu andares, minha espada estará contigo de uma forma ou de outra. O cabo dela estará em minhas mãos, mas o corpo dela estará em ti, a teu favor; enquanto for da vontade do meu Pai e dela se fizer merecedor!

─ Obrigado! É uma honra!

─ Não, não se engane! É lei, é ordem e é vida que trabalha em nome da evolução através do conhecimento sobre as coisas da fé! O nome desta espada é trabalho e só pode honrá-la quem chegar ao final de um estágio corporal com a consciência do dever cumprido!

─ Sim Senhor!

─ Esta espada para ti é um meio e não um fim em si mesma!

─ Sim senhor!

─ Minha espada estará contigo não por que és alguém diferenciado, mas tão somente para auxiliar a tantos outros que podem ser beneficiados por meios de instrumentos de escrita usados por você, mas guiados pela misericórdia de Deus!

─ Sim senhor! Posso fazer uma pergunta ao senhor?

─ Faça-a! Mas não poderei responder como você espera!

─ Sim senhor! É que eu gostaria de saber por que, apesar de o senhor despertar tanto respeito, irradiar tanto sentimento de ordem eu só conseguir sentir pelo senhor uma imensa saudade potencializada pelo sentimento de amor como um filho tem por seu pai!

Aquele ser, então, estendeu a destra em direção a toda aquela extensão de areia molhada, enfeitada pela espuma do mar, e disse:

─ A resposta está dentro de você!


Mensagem recebida por Pedro Rangel

Mensagem de Pai João de Aruanda



Sou preto. Negro como a noite sem estrelas.

Sou velho. Velho como as vidas de meus irmãos.

Mas se sou ainda negro, é porque trago em mim as marcas do tempo, as marcas do Cristo. Essas marcas são as estrelas de minha alma, de minha vida.

Sou negro. Mas a brancura do linho se estampa na simplicidade do meu olhar, que tenta ver apenas o lado bonito da vida.

Sou velho, sim. Mas é na experiência da vida que se adquire a verdadeira sabedoria, aquela que vem do Alto. Sou velho. Velho no falar; velho na mensagem, velho nas tentativas de acertar.

A minha força, eu a construí na vida, na dor, no sofrimento. Não no sofrimento como alguns entendem, mas naquele decorrente das lutas, das dificuldades do caminho, da força empreendida na subida.

A força da vida se estrutura nas vivências. É à medida que construímos nossa experiência que essa força se apodera de nós, nos envolve e nós então nos saturamos dela. É a força e a coragem de ser você mesmo, do não se acovardar diante das lutas, de continuar tentando.

Sou forte.

Mas quando me deixo encher de pretensões, então eu descubro que sou fraco. Quando aprendo a sair de mim mesmo e ir em direção ao próximo, aí eu sei que me fortaleço.

Sou andarilho.

Eu sou preto, sou velho, sou humano. Mas sou humano sem Sou como você, sou espírito. Sou errante, aprendiz de mim mesmo.

Na estrada da vida, aprendi que até hoje, e possivelmente para sempre, serei apenas o aprendiz da vida.

Pelas estradas da vida eu corro, eu ando.

Tudo isso para aprender que, como você, eu sou um cidadão do universo, viajor do mundo. Sou um semeador da paz.
Sou preto, sou velho, sou espírito.

Do livro SABEDORIA DE PRETO VELHO – Robson Pinheiro

EXU ( O Guardião )

Com licença dos Exus para iniciarmos os trabalhos deste Blog. Laroyê!!!

Exu é entidade de luz (em evolução) com profundo conhecimento das leis magísticas e de todos os caminhos e trilhas do Astral Inferior. Não tem nada a ver com as imagens vendidas nas casas de artigos religiosos, vermelhos, com chifrinhos e rabos... Exu não é o Diabo.
São os guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no ambiente. São trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações que emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio. Conhecem profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez e disciplina. Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois vocês não ignoram que lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só reconhecem a força das vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso, e personalidade forte que se impõem. Essa é a atividade dos guardiões.
Sem eles, talvez, as cidades estivessem à mercê de tropas de espíritos vândalos ou nossas atividades estivessem seriamente comprometidas. São respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam. São temidos no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da disciplina por várias e várias encarnações. Muitos do próprio culto confundem os Exus com outra classe de espíritos, que se manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.
Na Umbanda a caridade é Lei Maior, e esses espíritos, com aspectos mais bizarros que se manifestam em médiuns são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores, de vadios, que vagam sem rumo nos subplanos astrais e que são, muitas vezes, utilizados por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos.
Além disso, encontram médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus propósitos inconfessáveis e passam a sugar as energias desses médiuns e de seus consulentes, exigindo "trabalhos", matanças de animais e outras formas de satisfazerem sua sede de energia vital. São conhecidos como os quiumbas, nos pântanos do astral. São maltas de espíritos delinquentes, à semelhança daqueles homens que atualmente são considerados na Terra como irrecuperáveis socialmente, merecendo que as hierarquias superiores tomem a decisão de expurgá-los do ambiente terrestre, quando da transformação que aguardamos neste milênio.
Os médiuns que se sintonizam com essa classe de espíritos desconhecem a sua verdadeira situação. Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em muitos terreiros que se dizem umbandistas e se especializam em maldades de todas as espécies, vinganças e pequenos "trabalhos", que realizam em conluio com os quiumbas e que lhes comprometem as atividades e a tarefa mediúnica. São, na verdade, terreiros de Quimbanda, e não de Umbanda. Usam o nome da Umbanda como outros médiuns utilizam-se do nome de espíritas, sem o serem.
Os espíritos que chamamos de Exus são, na verdade, os guardiões, os atalaias do Plano Astral, que são confundidos com aqueles dos quais falei. São bondosos, disciplinados e confiáveis. Utilizam o rigor a que estão acostumados para impor respeito, mas são trabalhadores do BEM.
São eles os verdadeiros Exus da Umbanda, conhecidos como guardiões, nos subplanos astrais ou umbral. Verdadeiros defensores da ordem, da disciplina, formam a polícia do mundo astral, os responsáveis pela manutenção da segurança, evitando que outros espíritos descompromissados com o bem instalem a desordem, o caos, o mal. Têm experiência nessa área e se colocam a serviço do bem, mas são incompreendidos em sua missão e confundidos com demônios e com os quiumbas, os marginais do mundo astral. NÃO EXIGEM NEM ACEITAM "TRABALHOS", DESPACHOS OU OUTRAS COISAS RIDÍCULAS das quais médiuns irresponsáveis, dirigentes e pais de santo ignorantes se utilizam para obter o dinheiro de muitos incautos que lhes cruzam os caminhos. Isso é trabalho de Quimbanda, de magia negra. NADA TEM A VER COM A UMBANDA!" 
Por Robson Pinheiro
Fonte: Livro TAMBORES DE ANGOLA

Primeiramente Oremos...

Oração do Umbandista



Senhor,
fazei de mim um instrumento da vossa comunicação.
Onde tantos mistificam,
Que eu leve a palavra da verdade!
Onde tantos procuram ser servidos,
Que eu leve a alegria de servir!
Onde tantos fecham os olhos para a prática do bem,
Que eu abra meu coração para acolher!
Onde tantos usam a Umbanda como comércio,
Que eu seja usada pela Umbanda para o amor !
Onde tantos espalham a ignorância e o preconceito,
Que eu saiba agir pela luz do conhecimento e da razão!
Onde a vida perdeu o sentido,
Que através da Umbanda eu leve o sentido de viver!
Onde tantos me pedem um \"despacho\",
Que eu saiba ensinar a benção do trabalho interno!
Onde haja doença,que eu leve a vibração de saúde do Sr. Oxossi.
Onde haja desespero que eu leve a concórdia e a placidez das Águas.
Onde houver desânimo, que eu leve a determinação e tenacidade do Sr. Ogum.
Onde houver injustiça, que eu leve o discernimento e a justiça do Sr. Xangô.
Onde tantos me pedem um milagre,
Que eu seja a humildade do preto velho!
Onde tantos estão sempre distantes,
Que eu possa fazer a Umbanda sempre presente!
Onde tantos sofrem de solidão que faz morrer,
Que eu seja a pureza de Ibejada, espalhando a alegria!
Onde tantos morrem na matéria que passa,
Que o Sr. Omulú me abençoe com a vibração da terra, geradora permanente de vida.
Onde tantos olham para a terra,
Que eu seja um espelho de Aruanda, a refletir sua luz na terra!

Saravá Umbanda!